Uma das publicações mais bonitas que temos nos dias de hoje é este livro belíssimo, em capa dura, com mais de 480 páginas que é o livro Os 80 anos do Pato Donald por seus principais artistas, lançado pela editora Abril.
Não sei se você gosta dos patos da Disney, mas eu me amarro neles desde sempre. As historias da turma da Mônica são muito apaixonantes, mas eu tenho um carinho enorme pelos patos, em especial pelo Tio Patinhas. Mas o Donald e os sobrinhos tiveram muita influencia na minha formação como pessoa. Explicarei um pouco disso, até em linhas mais adiante, até um pouco psicológicas.
Esta edição é muito rica, não pelo material que é excelente, em couchê e capa dura, mas pela variedade das historias escolhidas, 26 ao todo, escolhidas de 15 autores diferentes, de todas as partes do mundo, de épocas distintas e com pequenas biografias de cada um deles. E é claro que tudo começa com o grande Carl Barks, passando por artistas Americanos, Dinamarqueses e Italianos e tem até um Brasileiro, que deve ter sido carteirada, já que são as duas historias mais fracas do livro ( hehehe, desculpa, sou sincero pacas nos meus posts ). Pra mim, as do Barks são as melhores, e tem umas ali bem grande, empolgantes, e divertidas. As que eu mais gosto sempre envolvem aventuras. Acho o máximo quando eles viajam pelo mundo, ou pelo tempo, conhecendo os equivalente históricos com nomes engraçados... personagens como o Milionário Enri K. So... rs... me amarro nestes nomes.
E esta edição é bem diferente da trilogia Anos de Ouro do Pato Donald, de 1988, onde foram reunidas as 21 primeiras edições da revista no Brasil, em formato grande, com capas lindas... que eu também comprei nas bancas na época. Sim, gosto dos patos tanto quanto dos heróis. Embora não me amarre muito no Mickey. As historias do Mickey tem um caráter mais detetivesco ou espionagem. Eu adoro o estilo, mas o Mickey não me prendeu tanto. Já o Tio Patinhas sempre foi aventureiro, mais o lance de caça tesouros, meio Indiana Jones e eu acabei curtindo mais. Quando eu era criança eu tinha até uma moedinha numero 1, dentro de um mostruário parecido com o dele, que eu dizia que me dava sorte... hehehe... bons tempos, brincava mesmo com isso. E o bacana é que naquela época nós tinhamos muito mais a nossa imaginação, já que não tinha tantos brinquedos que brincavam sozinhos como agora, as opções eram muito poucas, desenho só em 2-3 canais da TV e o dinheiro dos meus pais era bem curto. Então, um cabo de vassoura vira espada, uma caixa de papelão vira um carro, e um lençol com uma corda de varal vira um acampamento. Saudades demais deste tempo, que mesmo sendo um pouco mais difícil pra um monte de coisas, não nos fazia falta alguma ter telefone celular ou internet. Coisas que nos ajudam e facilitam muito a nossa vida, claro que sim, mas que hoje resolvem problemas que antigamente a gente não tinha, gerando dependências que também não haviam. Quantos de vocês conseguem sair sem se sentirem vulneráveis quando o telefone fica em casa ou a bateria acaba ? Fora que hoje em dia, computador sem internet não tem uso... no meu tempo, trabalhava muito no computador, e nem falávamos em internet. Coisas muito, muito curiosas... Mas, chega de nostalgia, voltemos aos patos.
Este livro consegue mostrar uma coisa que eu acho muito válida: A Essência do personagem ao longo dos anos. Ela é constante. Não muda. Vemos o passar dos tempos, a mudança das tecnologias, a forma como isso afeta os personagens e o quanto você pode identificar sempre cada um deles pela sua personalidade sempre constante. Eu sempre falo disso. Você sabe quem você vai ler, porque a essência não muda. E é isso que eu sempre critico nos novos 52, e em alguns personagens da Marvel. A falta de criatividade é muito grande, ao ponto da preguiça de criar novos desafios fica a mercê de alterar a base dos personagens ao invés de quebrar a cabeça em novas historias. Por isso que quando você vai ler um Super-Homem dos dias de hoje você só reconhece o desenho do símbolo, porque poderia ser um personagem novo, e não Kal-el, não o Clark. Esta é a minha grande crítica quando se trata das novas historias. Coisas fracas, muitas opções, todas fracas, em busca do lucro único. Sim, precisa adaptar as historias aos novos tempos, mas não precisa mudar a essência. Isso que sempre tento dizer e um monte de gente me metralha com todas as pedras possíveis... rs... Mas, ok. Não sou o dono do mundo e posso estar enganado. Hoje penso assim, amanhã quem sabe isso muda.
Então, vou ficar por aqui. Espero que se você gosta dos patos, possa adquirir esta edição especial.
Abraços do Quadrinheiro Véio !
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