Olá amigos leitores de HQ's, malucos de pedra como eu !
Acho que dentre os super-herois, de todos que existem e que eu leio desde sempre, fica difícil eleger o que eu mais gosto... mas o Batman fica certamente entre os principais pra mim. Não apenas pelo personagem em si ( embora eu adore os paranóicos, psicóticos e traumatizados como ele ), mas pela constância de boas historias. O tempo passa, entra e sai um monte de porcarias em todos os cantos, em todos os heróis, mas o Batman consegue ter bem menos porcarias do que a maioria ( fica aqui minha ressalva sobre o lixo corporação Batman )... de modo geral, ele sempre esta ma média pra cima nos roteiros e a versatilidade que tem entre ser apenas um `cuidador` de uma cidade e ao mesmo tempo, o maior estrategista do universo DC ( vencendo até os super grandes vilões e heróis, né azulão ? ) deixa ele como sendo um dos grandes, mesmo sem poder algum. E acho que você, mesmo não gostando, deve concordar com isso. Se não concorda, por favor, divida sua opinião comigo nos comentários. Aqui neste blog não tem censura. Se eu posso expor minha opinião, você também pode, ok ?
Pois bem, vamos para a coleção "Lendas do Cavaleiro das Trevas - Alan Davis". Nestas duas edições que vou comentar aqui, estão reunidas boas historias do Batman da época dos anos 80, quando ele se consagrou como o maior detetive do mundo Aliás, como sou um grande fã de historias de detetives, Sherlock Holmes e etc... eu realmente vibrava quando lia estas historias, que aqui no Brasil saíram lá pelo final dos anos 80... E mesmo tendo lido e acompanhado na época, hoje ainda vibro ao reler em formato original estas historias. Como sempre costumo frisar aqui no blog, gosto do que me emociona, e ver o Sherlock Holmes ajudando o Batman emociona muito.
Estas publicações da Panini trazem historias desenhadas por Alan Davis e escritas por Mike W Barr. Curiosamente sai roteiros muito legais, divertidos e simples, mas com um peso enorme. E o mais legal é ver situações de um Batman que desde o Cavaleiro das Trevas e Crise nas Infinitas Terras, a gente passou a ver cada vez menos, que é aquele vigilante amigo das pessoas, da policia, que anda por aí a pé no meio da rua, de dia. Acho bacana demais... adoro esta época. As historias eram mais mundanas, menos fantásticas, e ao mesmo tempo esta dose de surrealidade. Não acho que seja melhor ou pior do que hoje em dia, mas posso dizer claramente que gosto mais desta época, seja por nostalgia da minha infância, seja por gosto pessoal.
Nas primeiras historias da edição 1, temos o morcego enfrentando o coringa, com um dos melhores traços dele. Eu gosto muito desta aparência que o Davis usou. E a loucura dele é uma delicia. Alias, adoro o Coringa justamente pela loucura. A Mulher Gato com aquele traje meio vestido, meio sobretudo, meio sei lá o quê e o Robin Jason Todd criança, bem criança mesmo. Em seguida ele enfrenta o Espantalho. Eu adoro esta inocência, este preto-no-branco desta época... roteiros mais simples, precisando explicar menos. Parece que a gente aceitava melhor as incoerências do que hoje em dia. Costumo brincar que a gente usava mais a imaginação, se permitia mais. E parece que hoje em dia a gente quer ver mais verdade, se permite viajar menos, se permite imaginar menos.
Na minha infância, uma caixa de madeiras de frutas de uma quitanda, presa nas costas com corda de nylon de varal e meio cabo de vassoura amarrado na ponta com uma corda e a outra ponta na caixa nas costas já me fazia uma mochila de prótons dos Caça-Fantasmas e eu já me divertia muito... hoje em dia, se um brinquedo não brinca sozinho, as crianças parecem se desinteressar muito cedo.
A segunda edição traz o Cruzado Encapuzado ( hehehehe... termo engraçado ) enfrentando o Chapeleiro Louco e o Ceifador. Curiosamente, hoje em dia, fica difícil pra muitos conseguirem encaixar de modo verossível um personagem como o Chapeleiro, pelos mesmos motivos que eu apontei acima. Alias nesta edição tem uma sequencia que eu acho sensacional, começando na pagina 55... Provavelmente já entrando mais no espirito do que viria a ser uma grande marca do personagem, esta característica de "morar" nas sombras. Já o Ceifador teve um papel muito importante nesta época, e acho que só por isso, já vale a leitura. Fora que na opinião de muitos, o desenho animado "A Máscada do Fantasma" é o melhor roteiro do Morcego até hoje, melhor que muito filme e tem um 'pezinho' nesta fase. Se ainda não viu esta animação, assista. Tipo, assista hoje. Não, melhor ainda, assista agora... hehehe...
Recomendo as duas edições. Vocês me conhecem a tempo suficiente pra saber que se eu acho ruim, eu falo mesmo. Estas são boas, principalmente pros saudosistas e de gosto simples. Entretenimento gostoso e nostálgico de qualidade.
Bom, é isso, acho que falei demais, ando meio empolgado. Espero que tenha gostado. Deixe sua opinião nos comentários ou lá na pagina do FaceBook.
Abraços do Quadrinheiro Véio!
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