Olá Quadrinheiros !
Mais uma vez quero agradecer as visitas de vocês, aos comentários e os compartilhamentos lá no facebook e no Youtube. É gratificante, de verdade.
Estou com um novo blog, e se quiser, pode ler esta matéria lá também. É só clicar aqui !
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Neste post de hoje falarei sobre mais um volume da Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel da Editora Salvat. E mais uma vez com minha equipe de heróis preferida: Quarteto Fantástico - Inconcebível. Esta edição reúne as edições 67-70 de Fantastic Four v3 e 500-502 de Fantastic Four v1, publicada originalmente em 2003.
Esta edição é fantástica ( perdoe o trocadilho... hehehe ). É uma história densa, pesada. Fazia tempo que não lia algo tão forte, tão impensável. O conjunto emocional desta edição é tão forte, que a gente fica meio impressionado um tempo. Pelo lado do tamanho da maldade e do desejo de vingança do Dr. Destino. E pelo outro, a importância da família para o Quarteto. Isso fica visível o tempo todo.
Eu comecei a ler o Quarteto Fantástico lá no começo dos anos 80, na revista do Homem-Aranha. Aliás, recomendo muito esta fase deles, pois é apaixonante. E uma característica marcante da equipe é que eles não são heróis, eles são cientistas. E antes disso, maior do que tudo, são uma família. Quando eu comecei a ler a Susie e o Reed ainda não tinham o Franklin e imagine a minha surpresa quando, recentemente eu soube da Valéria.... rs... sim, pois me afastei uns 10 anos das HQ´s e pouco eu soube com relação a este período. Aliás, esta coleção está sendo ótima pra isso.
Percebo que muita mudança aconteceu, mas esta publicação mostra que a essência ainda esta lá, com a diferença que o ódio do Dr. Destino chegou a tal ponto que o nome deste livro - inconcebível - está mais do que adequado, já que a história é mesmo chocante, permeando o desespero. Sim, fiquei meio desesperado em alguns momentos, principalmente no começo quando Doom se revela mais louco do que nunca ao sacrificar o maior amor de sua vida por poder e logo depois, ao usar crianças para seus planos. Cara, é chocante de verdade, e ao mesmo tempo, adequado. E o Dr. Destino é o inimigo definitivo do Quarteto, não é ? Eles tem um monte, mas perto do Destino, os outros são como passear no parque com chuva forte... rs... Dr. Destino é o furacão Catrina com El Niño e La Niña juntos !
O Dr. Doom é o tipico vilão 'doido de pedra'. Ele tem a inteligencia do tamanho de um planeta, mas emocionalmente não tem mais do que um grão de areia. Ele vive em função de sua vingança, de superar o Reed, de poder e conquista. E não consegue perceber que perde muito mais com isso. Tdo este trauma que vem de sua infância, suas perdas, tornou-o tão paranoico que as verdades que ele percebe só existem para ele mesmo. Ele começa a formular teorias dentro de seus pensamentos e quando ele mal percebe, aquilo já se tornou uma verdade pra ele e suas ações são ditadas pelas suas crenças. Quando uma crença se torna uma verdade pra você, então, deixa de ser crença e passa a ser a sua realidade. E independente de ser o 'real' ou não, suas decisões, ações e movimentos serão guiados por esta crença. Você assistiu "A Origem" ( Inception ) ? Pois bem. A diferença entre nós e o Dr. Doom está no nível do poder desta crença dentro de nós. Ele não sente a menor dúvida, tamanha é a sua arrogância. E é esta mesma arrogância que determina sempre, invariavelmente, suas derrotas.
Resumindo: É um vilão incrível !
Nesta edição, além de tudo isso aí, você ainda tem momentos para curtir o relacionamento do Ben e o Johnny. As encrencas básicas de uma família. Tem até o Tocha se queimando, e se você é fã do Dr. Estranho, ele terá uma participação pra lá de especial no desenrolar da história. Também vemos Destino se voltando mais para a magia, para ver se ao mudar seu método, consegue superar o Reed, já que em matéria de ciências, ele é absoluto. ( Pra mim, o Reed está anos luz a frente do Tony Stark, por exemplo... ). Eu não vou falar mais, porque estes dias eu levei um 'puxão de orelha' de um rapaz lá no grupo do Facebook porque mesmo eu tendo cuidado, acabei soltando um spoiler em um destes posts e fiquei me sentindo culpado quando ele me avisou. Não quero tirar a 'graça' da leitura de ninguém, e espero que me perdoem caso isso aconteça as vezes, tá ?
O Roteiro é de Mark Waid. Competentíssimo, Waid sabe fazer a mistura de
drama e movimento. Ele escreve bem, diálogos, pensamentos, sentimentos. Tudo isso em total sintonia. Ele sabe contar algo com maestria como bem sabemos em seu trabalho com o Alex Ross em Reino do Amanhã. E aqui ele faz jus mesmo sendo revistas de linha. Aliás, um dos grandes problemas desta coleção é que ele não é de Graphic Novels de verdade. Como já comentei, ela reune algumas sagas das revistas de linha em uma edição encadernada. Isso não é Graphic Novel, ok meninos e meninas ? Isso é apenas um 'paperback' de capa dura. Basicamente, um graphic novel é muito mais trabalhado, com mais prazo, gerando mais impacto porque com mais tempo, o artista consegue se entregar mais e entregar algo melhor. Este volume tem uma saga muito boa, até mesmo porque estava na edição 500 do volume 1 dos heróis e isso pedia algo magnífico, trágico e transformador ( como foi o caso ), mas ainda assim, não é uma Graphic Novel.
Os desenhos são satisfatórios, são bem feitos, tem movimento, expressões gritantes devido aos olhos e bocas enormes. Mas não é do meu gosto. Pra mim, Byrne é o cara do Quarteto, tanto em traço quanto em roteiro. Não me entendam mal, Mike Wieringo e Casey Jones são bons, tem seus próprios traços peculiares e tudo o mais. Acho que ajuda na história, mas fica meio 'desenho infantil' e não 'casa' com o peso do roteiro. Acho que como é tudo de magia, de dor, sofrimento, deveria ser um traço mais sujo e orgânico... está limpo demais, sabe ? Mas não atrapalha. E muito disso que eu falo aqui, como você deve ter percebido, é mais meu gosto pessoal. Não se deixe influenciar pelo meu gosto, siga o seu. :)
As cores estão bem legais, lembram bem o começo das HQ´s feitas no computador. A harmonia na paleta em cada fase da história é muito competentemente escolhida.
Recomendo a edição com louvor. É uma das poucas histórias atuais do Quarteto Fantástico que valem a pena ser lidas. E ela tem uma continuação também na mesma coleção, Ações Autoritárias.
Bom, amigos. Vou ficando por aqui. Acho que já escrevi demais pro meu tamanho.
Comente aí embaixo agora mesmo o que achou. Eu respondo todos os comentário, tá ?
Abraços do Quadrinheiro Véio.
Aproveite e vá conhecer o novo blog. E já nos adicione ao seu favoritos !
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