Falar sobre o Lanterna Verde é sempre um grande prazer pra minha pessoa. Acho que ando lendo bastante DC Comics ultimamente, e eu particularmente adoro. Não me é possível escolher entre uma e outra. Cada uma tem suas características distintas, seus méritos e deméritos, fases boas e ruins, personagens bons e ruins. E estes momentos parecem que as vezes se alinham e temos fase ruim nas duas ao mesmo tempo ( como nos dias de hoje... ) mas já tivemos coisas boas nas duas ao mesmo tempo. De qualquer forma, isso não importa e não é o objetivo deste post.
Ultimamente tenho lido muitos encadernados. Acho que nunca tivemos tantos encadernados reunindo sagas como nos últimos anos. E tem a parte boa disso, que é nos livrar da produção em larga escala de porcarias nas revistas em serie que invadem as bancas nos ultimos tempos. Sou grato as compilações porque fiquei fora do universo dos quadrinhos durante os anos 2000, devido a tanta porcaria e tambem porque estava focado na minha empresa. Mas quando voltei, vi que perdi pouco e o pouco que eu perdi esta saindo nestes encadernados e coleções de supostos graphic novels ( Salvat e Eaglemoss ) e algumas coisas da própria Panini.
Em Lanterna Verde - Hal Jordan: Procurado, temos o que parece ser o comecinho do que mais adiante ira se tornar a famigerada Guerra dos Anéis ( cuja primeira parte eu comento aqui ) e o comecinho do surgimento da Tropa Sinestro e das Safiras Estrelas das Zamaronas. Eu acho que é uma ideia boa, que acabou ficando meio exagerada e acabou afastando um pouco a essência do personagem, porem ao mesmo tempo penso que foi uma saída criativa e grandiosa para promover vendas e para dar uma agitada no personagem.
Quem acompanha o Lanterna Verde sabe que ele, desde sempre, está continuamente em enrascadas enormes, frequentemente com grandes mudanças. Foram raros os momentos estáveis na carreira de Hal Jordan e da Tropa dos Lanternas Verdes em geral. Comecei a ler ele pouco antes de Crise nas Infinitas Terras, na revistinha dos Superamigos da Abril, logo quando ele perdeu o anel pouco antes de passar a crise toda praticamente sem, e só retomar a bendita jóia com a morte de Tomar Re. Nesta época da minha infância eu fazia meus brinquedos já que tudo era muito mais inacessível e pra ser sincero, nem sei se na época havia um anel do lanterna a venda até nos EUA, mas pra brincar, eu desenhava o anel no caderno, recortava, colava e imaginava que eu era o Jordan nas situações das HQs. Teve até um momento que ele vai preso por invadir a propriedade do Aureo ( Goldface ) e na cadeia ele encontra o Mão Negra. Tenho na memória que eu lutei com o vilão no meu quarto com direito a reproduzir até os momentos que ele apanha... rs... Imaginação, a gente vê menos hoje em dia, vamos ver como isso vai afetar o futuro.
Nesta edição encadernada que reune as ediçoes Green Lanterna 14-20, Geoff Johns coloca o Haroldo Jordão em uma enrascada enorme armada pelo filho do Abin Sur, que é o antecessor do Hal no setor 2814. Este garoto cresceu cheio de ressentimento e tenta de todas as formas pegar o anel do pai, mas é interessante que a gente ve muito mais do Sinistro nele do que do próprio Abin Sur. Amon Sur, ao final acaba mesmo sendo convocado para a recém iniciada Tropa Sinestro, recebendo o anel que tentou primeiramente recrutar o Batman, mas que foi recusado após ver que, alem de instilar grande medo, o Morcegão também tem uma vontade de ferro e ja havia tido contato com o anel verde. Vale notar que o anel amarelo procura indivíduos que instilem medo, mas eles também causam uma alteração mental e física no hospedeiro. Achei isso bem curioso, e de certa forma ja deixa uma portinha aberta para quando entrar em cena alguma justificativa pra algum vilão ter ficado mais mortal com o anel amarelo no futuro... não sei, não li tudo apos esta passagem. Disso, ja fui direto pra Guerra dos Anéis. Então, pouco posso dizer sobre o que veio depois, mas gostei destas sacadas. Neste processo todo ele passa por vilão, é caçado por bodyhunters intergaláticos, pela Liga e uma cambadinha.
Preciso confessar que nao sou fã de ter 7 tropas com anéis energéticos correndo solta por aí, mas admito que é uma ideia muito inteligente e difícil de implementar. E a forma como isso acabou afetando todo o universo durante a noite mais escura, foi muito sagaz. Tiro meu chapéu pela criatividade mesmo achando que a execução foi meio tosquinha.
Na segunda parte do livro mostra a origem da Tropa Rosa, das Safiras Estrela e deram uma boa explicada em várias interrogações, sobre por exemplo a aparência das Zamaronas que conheci após Crise e de onde veio a energia rosa que elas comandam. Estou ficando cada dia mais um velho ranzinza, porque não sou do tipo que gosta que mexam no que eu gosto, mas achei muito criativo e posso aceitar estas mudanças numa boa ( não que qualquer coisa que eu pense ou deixe de pensar vá fazer a menor diferença pra DC Comics... ).
Agora, Ivan Reis nao conversa comigo. Sem chance. Acho uma pena pois queria gostar do desenho dele. Acho muito mais do mesmo, sem identidade. Você le as revistas dele, são bem desenhadas, mas não tem personalidade. É como ler algo comum, normal. Não se diferencia, apenas cumpre o papel, sabe ? Executa bem a jornada,mas não acrescenta algo. Não se destaca... ( acho que me fiz entender... e perceba que não xingo ele, apenas fico frustrado... ) Mas na segunda parte do livro, durante a saga das Zamaronas e a Safira Estrela e o Daniel Acuña assume, a diferença é brutal, e fica bem lindo. Parece o desenho mais simples, cheio de glow, brilhante, meio engomado... não sei explicar direito. Gosto dos dois desenhos, mas esta identidade do Acuña me mostra algo mais artístico e menos `contato`. É como Dan Jurgens durante a época dele em Super-homem, durante a morte do Kriptoniano. Um traço que conta a historia, mas não acrescenta nada a ela. ( ao menos pra mim, ok ? Você pode gostar do que você quiser... sempre! )
Bom, pra fechar, digo que gostei muito da edição DC Deluxe | Lanterna Verde - Hal Jordan: Procurado. Recomendo para qualquer fã do personagem, desde os velhos aos novos, pois tem um resgate e uma ligação que explica muitas mudanças e origens. Eu comprei sem saber o que esperar, nem imaginava do que se tratava e acabou que gostei e fico feliz em não ter procurado saber do que se tratava antes de comprar.
E se nao for pedir muito, comente aí o que acha deste post, ok ?
Abraços do Quadrinheiro Véio !
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