sábado, 22 de fevereiro de 2014

Os Supremos - Segurança Nacional

Bom dia, Quadrinheiros !

Neste sabadão de manhã vou escrever um pouco sobre a publicação desta quinzena da coleção da Salvat, o volume 29: Os Supremos : Segurança Nacional. E o mais legal, desta vez a lombada encaixou direitinho no volume 28, que é o começo da estória. Legal, né ? ( Finalmente uma bola dentro nas lombadas, hein Salvat ).

Antes de mais nada preciso informá-los de que eu não sou patrocinado pela Salvat pra falar sobre as edições. Eu gosto de colocar por serem edições especiais bem bacana, bem feitas e importantes dentro do contexto das HQ´s. Dito isso, vamos em frente.

Falar de The Ultimates é bem problemático pra mim. Até mesmo porque este
universo paralelo da Marvel não foi feito pro pessoal da minha época, mas sim pra nova geração Z que está por aí. Considerando que sou do final da X, acompanhar até os Y nos dias de hoje as vezes é complicado. A minha sorte é que me adaptei bem a tecnologia atual.
Os Supremos: Segurança Nacional é a continuação de Os Supremos: Super-humano, que já comentei aqui no blog em janeiro. E minha opinião não mudou muito, então, se não leu, vale a pena dar uma olhada lá naquele post. Se já leu e quiser relembrar, é só clicar aqui.
Nesta continuação temos um grande desafio pro novo grupo, e desta vez uma ameaça intergalática. Aparentemente um grupo de alienígenas, conhecidos com os Chitauri ( a mesma raça que ataca a terra no filme dos Vingadores, mas o poder transmorfo não é citado no filme, bem como a inteligência ), quer dominar o mundo, porque consideram que o pensamento humano individual deve se extinguir e todo mundo tem que pensar igual já que o universo é um grande organismo e se cada um pensar por si mesmo, este organismo morre. Faz sentido, mas não da forma que eles querem, através da força. Depois é revelado que eles são os Skrulls, e que neste universo pra poderem mudar de forma eles tem que comer o humano original e tomar sua forma ( WHAT ?!?!?!?!! ). Gente, na boa... O QUE É ISSO ? Primeiro a Vespa é mutante e tem hábitos de insetos... agora isso ? Oh G'd... kill me !

Seguindo, temos uma estória que é o Capitão América e seus amigos. Herois descaracterizados, com mudanças muito esquisitas, visivelmente uma tentativa de pegar novos fãs pras revistas, porque os antigos não vão ter facilidade pra aceitar algumas mudanças. O visual do Thor é bem legal, mas poxa, o Mjolnir não tem machadinha atrás, pela mor de Odin !!! Ao menos a ideia de quem ninguém acredita mesmo que ele é um deus nórdico é divertida. Aliás, cabe aqui um parenteses... parece que se não encherem de piadinhas e diálogos engraçadinhos não se faz mais HQs nos dias de hoje, né ? Precisa mesmo de piadinhas o tempo todo ? Que coisa mais besta. Tá tudo muito homogenizado, tudo muito igual, muito "formula pronta". A época dos criativos se foi mesmo, estamos na época das formulas, dos meios garantidos, do agradar a qualquer custo e dane-se a arte, né... E a armadura do Tony está ridícula, feia, parece uma água vida com corpo humanoide... e deram a ele uma genialidade aparentemente mutante e um
comportamento muito bunda-mole. Mas pra salvar tem o Capitão América muito fiel e positivo, bem encaixado, a Viuva Negra e o Gavião Arqueiro também estão legais, embora tirarem a aparência do Clint, ficou convincente. Visivelmente o universo Marvel do cinema é baseado nos Supremos, tirando as partes que foram bem mal pensadas.

Mas a história é boa, a história é mesmo muito boa. As caracterizações dos personagens mudaram e desagradaram, mas fizeram uma aventura bem legal. Gosto muito deste Hulk, é mais original do que os de ultimamente. Gosto da ideia de ele ser utilizado como arma secreta. Nesta série é possível entender quando o Tony responde ao Loki no filme "Nós temos o Hulk". Ele faz um pusta estrago, mas como deveria ser, ele é incontrolável. Não tem esta de conversar não, ele é manipulado pelo Capitão, que como bom soldado, mata mesmo, pra valer. Acho que o Capitão e o Hulk salvam a revista. ( não me peçam pra chamar de Graphic Novel uma encadernação de revistas, ok ? ). É bem claro que parece ser uma aventura do tipo "Capitão América e amigos".


Esta edição reúne as revistas The Ultimates  de 7 a 13 e mantem Mark Millar nos argumentos e Bryan Hitch nos desenhos. Aliás, ao menos os desenhos estão bem legais. Tem uma imagem do Thor que está muito endeusada,
muito legal. E as páginas duplas são ótimas também. O que me incomoda na arte do Hitch são os olhares. Não tem emoção nos olhares. Falta isso na minha opinião. Não é como Neal Adans, ou Byrne, que os olhos falam muito. Acho que deviam parar de pensar em poses heroicas e corpos esculturais e se preocupar mais com a parte humana. Minha opinião, ok ?

Bom, é isso. Desculpem se pareço muito ranzinza. Como disse, tem coisas legais, a estória é muito boa e vale a pena a leitura. Tem elementos que valem a pena, principalmente a estória como um todo.

Abraços do Quadrinheiro Véio.

4 comentários:

  1. Achei legal essa repaginada que os Vingadores tiveram com Os Supremos! Apesar de muita coisa não me agrada como a supra citada armadura do Homem de Ferro! O visual do Thor eu não gostei muito e tb estranhei o machado/martelo, mas parece que na mitologia nórdica Thor tinha um martelo e um machado e resolveram, nessa versão, fundir os dois! Enfim, o Capitão eu achei um escroto quando li pela primeira vez essa versão! Tava muito acostumado ao Capitão original mais heróico e nobre! Mas acabei achando bem coerente depois, pensando melhor! Com certeza o universo cinematográfico Marvel bebeu muito dessa fonte!

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    1. É bem isso, Bruno. Também achei legal, apenas os detalhes que pegaram, mas no geral eu também gostei.

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  2. Bem, acho que os Supremos foi uma das melhores coisas que li em muito tempo...isso na época que foi publicado no brasil, nas revistas millenium...depois comprei o vol 1 da panini e no ano passado o vol 2. De toda repaginada que deram só não curti a "higiene pessoal da vespa" eca...rsrsrs No mais curti muito o enredo, a arte, e fiquei imaginando...o que poderia ter sido se tivessem partido da premissa original da série que era ter o capitão "criado" na guerra do golfo.

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  3. Cara assim como você comecei a me desvincular das HQS em meados dos anos 90, sendo que minha formação bebeu muito da fonte dos anos 80 e entendo nossa exigência em relação aos clássicos, a fidelidade das origens do personagem, etc..Mas devo dizer que a re-leitura do Millar sobre os Vingadores nessa versão ultimate e digna de clássico a ponto de um leitor conservador como eu, ficar hipnotizado com o argumento e arte da historia. Para alem do clichê do status cinematográfico da obra (justo por sinal) o que sobressai pra mim no arco completo dos Supremos de Millar e Hitch e aquele frisson que só uma historia inteligente, criativa e bem costurada consegue passar em cada virada de pagina. Pra mim nos Supremos cada personagem ganha em complexidade sem perder o seu essencial.Ah, devo admitir que achei uma sacada genial o lance dos skrulls canibais.

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